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Como é Grande O Meu Amor por Você

 

 

Na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (FAFIMC) no Tempo em que eu cursava, num dos anos que eu não mais recordo, teve uma apresentação no salão da faculdade para quem quisesse se inscrever para tocar e cantar alguma coisa. Nesse Tempo, o Universo, eu poderia aqui dizer, ‘parecia’ se abrir para mim, mas estaria dizendo uma inverdade. O Universo ‘realmente’ se abrira para mim, nesse Tempo. Quem pouco sentiu na vida a felicidade, a paz, consegue dar valor e consegue perceber e agradecer facilmente, com muita sensibilidade as dádivas recebidas. Tempo de muito sofrimento; muito. A vida para mim se arrastava no Tempo, no sofrimento. Mas nos últimos anos daquele Tempo, alguma coisa acontecia de pior para mim. Tempo de corrida atrás do próprio Tempo sem que, conscientemente eu soubesse disso. Era uma corrida existencial, ansiosa, afobada sabendo que coisas tristes aconteciam; muito tristes ao redor de mim e não sabia explicar; eu não podia determinar a razão de sentir tantas coisas ruins acontecerem em torno de mim. Esses acontecimentos me deixavam extremamente infeliz. Embora uma católica batizada e crismada, eu não pensava em Deus. Eu não rezava, eu não ia a uma missa, eu não me confessava, eu não comungava etc.. Poderia dizer então, resumindo, que eu estava completamente afastada de Deus, dos Celestes e a mercê, a deriva dos acontecimentos ruins. Atualmente, longe de todo esse Tempo da pessoa que eu fui sem Deus e sem Cristo, mas extremamente próxima de todos Eles, num novo Tempo, por isso mesmo, vivo uma completa outra realidade. Hoje, gostaria de deixar aqui registrado, neste meu site, realizado como um testemunho real de vida, para você, meu visitante, que, se de um lado naquele Tempo eu estava tão desprotegida dos meus espirituais divinos, o Mal, e aqui eu falo do Mal espiritual; o Mal, realmente me consumia, ou seja, queria me destruir; mais ainda, queria jogar no fosso escuro sem retorno, a minha alma. Tudo o que eu poderia desejar descrever com palavras o meu sofrer, nunca eu conseguiria. O meu Deus então teria que, possuir uma máquina filmadora para passar em longa metragem o meu filme de sofrimento interior e exterior e mostrar para você o que uma alma pode carregar em seu âmago. Haveria uma explicação atrás de tudo aquilo. Foi na faculdade de Filosofia que eu passara a encontrar as respostas as minhas indagações acerca do sentido da vida.  Uma luta interior e uma corrida existencial contra o Tempo. Foi naquele lugar sagrado para mim, na Faculdade de Filosofia que eu passara a sentir a presença de Deus, ou seja, algo bom fazia com que coisas, acontecimentos bons passassem a acontecer para mim. Nunca em todo o meu nascimento até ali eu sentira tantas emoções, tantos acontecimentos lindos passarem a se achegar até mim. Foi ali que senti a mão de Deus em minha vida de lagarta. Ele, Deus e minha Mãe amada me fizeram presente o homem que me estendera a mão, que me dera o amor, a atenção sem nada ele pedir em troca. Simplesmente éramos naqueles momentos juntos, passeando pelas ruelas estreitas daquele imenso seminário, duas pessoas que se encontraram. Eu morava uma vida inteira fixada numa mesma cidadezinha de interior; eu havia realizado raras viagens; ele, o homem da minha vida chegara não muito da Europa, dos seus estudos profundos e sem dúvida suas histórias pessoais vividas, aproveitadas. O homem de voz suave, jeito sereno, homem sábio, mais me escutava e me via chorar do que ele falava. Um dia ele me confidenciara depois de um longo tempo que era psicoterapeuta e que atendia pessoas de bicicleta em qualquer lugar num outro Estado. Eu não estava acreditando, pois tudo o que eu conhecia era a psicoterapia tradicional de apertos de mãos dados muito ao longe e secamente, fechada em quatro paredes de um consultório particular. Nenhum abraço era permitido. Eu não me lembro de sorrisos nos lábios dos meus psicoterapeutas. Ele me explicara que tinha vindo da Europa recentemente e o seu desejo era abrir a Filosofia Clínica; ele estava naquela faculdade porque era uma exigência legal ter o diploma e conseguir exercer a Filosofia Clínica. O homem especial somente precisava do diploma para abrir o Instituto Packter, cujo nome foi dado em honra ao seu avô paterno. Eu não sabia do que tratava a Filosofia Clínica e pouco eu tinha interesse em saber, pois eu estava acostumada a olhar para o meu umbigo fazendo psicoterapia por muitos anos. Quando ele me contou que era um psicoterapeuta o meu coração pulsou fortemente. Olhei para a torre do seminário e pensei meu Deus, será então esse o lugar do sonho literal que eu tivera com o homem de barba? Eu conto essas situações na minha obra como conto muitas outras situações. Enfim, eu estava vivendo a minha história de amor; Deus e eu sabíamos o que estava acontecendo comigo; a minha Mãe amada estava comigo, sem dúvida. Eu agradecia o amigo naquele lugar sagrado para mim. O amigo me completava. O amigo passara a ser o meu grande amor. A relação que Martin Buber falava entre Eu e Tu eu sentia claramente acontecer comigo. A Filosofia estava me ajudando muito na caminhada existencial. Uma amizade que virava um grande amor. Um amor doce, sem maldade, despretensioso, um amor que eu sentia merecer. Eu sentia que tudo, literalmente tudo o que eu estava vivendo era para ser meu e vivido. O universo passara a se abrir para mim, pois foi nesse meu grande amor que eu pude atravessar um período crucial onde eu poderia ter afundado na tempestade em alto mar sozinha existencialmente. Eu tinha uma pessoa para amar. Eu estava amando e amando livremente. A minha alma havia saído da prisão e eu voava. E...  Sim, eu podia voar ainda mais para Deus e a minha Mãe Celeste. Por isso eu estou aqui com você meu visitante querido. A bolha invisível furou e eu saí dessa bolha que quiseram me prender para eu não ser mais e melhor para pessoa alguma, muito menos para os meus próximos a quem tanto eu amei e amo e amarei para sempre. Foi assim, que eu me enchi de coragem e peguei o violão e cantei a música no salão da faculdade de Filosofia, naquela noite. Era aquela, a música, que eu sabia tocar no violão; era aquela a música que eu poderia expressar a ele, todo o meu grande amor para quem me ajudara a abrir o meu universo interior. Era aquela música a primeira música que eu aprendera com a minha mana amada, sempre internada nos piores hospitais psiquiátricos e que, o demônio lhe tirou todos os lindos dons. E eu, sofria sempre por ela; sofria por nós duas. Enquanto eu cantava aquela música,eu não acreditava que eu pudesse estar ali, cantando uma música de amor e de um grande amor, pois envolvia um infinito. Eu estava sentindo emoções realmente muito fortes para quem nada teve. Era uma mistura de amores sentidos e tão importantes e intensos. Eu precisava fazer um louvor, um agradecimento ao universo. Eu cantava por ela, era a música que ela me ensinou no violão; eu cantava por mim mesma, eu cantava pelo meu grande amor. Eu cantava para Deus que, sem dúvida estava abrindo as portas para mim. Assim, naquela apresentação, na Faculdade de Filosofia eu cantara e tocara no violão a música do Roberto Carlos. Eu deixo gravada para você ouvir, meu visitante. Essa música me levava ao agradecimento pela presença do amor em minha vida. Pelo amor puro, pelo amor brotado de Deus e da Mãe amada como presente. É como se um rio estivesse preso, muito tempo preso e alguém andasse a dar um jeitinho de abrir as comportas e deixar as águas correrem. O meu grande amor foi me ver cantar. Eu o vi de longe; foi acompanhado por uma amiga. Ele nada sabia o quanto eu o amava. Hoje eu posso compreender tudo. Hoje eu posso entender a Ação do Espírito Santo que estava conosco. Na verdade, a letra desta música, quando diz “Nem mesmo o Céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor nem mais bonito”... Aqui diz que o infinito, o universo seria a descrição plausível para expressar o Amor. Na missa de colocação de grau, uma surpresa de Deus para mim. Alguém me pediu que eu lesse o Evangelho, I Coríntios, capítulo 13. Eu senti a presença de Deus em minha vida naquele lugar sagrado. Eu sou infinitamente agradecida ao Deus do Amor, ao Deus da Vida, ao Deus Uno Trino da Santíssima Trindade. Eu só tenho que louvar a Deus pela Providência divina em minha vida. Eu posso dizer também, que por esse amor eu estou aqui com você, amigo visitante.

 

 

Como é grande o meu amor por você - Por Dayde Zavarize
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