A Autora
Você está diante de uma pessoa que somente se considerou pessoa a partir da Filosofia. Eu sou, portanto, uma pessoa, uma filósofa que se preocupa com o sentido da vida. Eu me preocupo com a Humanidade. Eu me preocupo com a qualidade de vida espiritual que estão a dar como alimento a suas almas. Eu me preocupo com as crianças e com o futuro delas. Eu sinto a dor da avozinha, avozinha e querida; a digna avó. A avó que assiste esse Tempo em transição entre o fogão a lenha, o viver sem telefone, qualquer meio de comunicação, e aquilo que alguns consideram como qualidade de vida supondo ser a tecnologia de ponta. Como filósofa eu não considero que a tecnologia de ponta tenha tornado o homem mais homem, ou seja, mais humano, gentil, educado. Como filósofa eu não considero que a Humanidade está mais avançada interiormente. Eu considero que existem, sim, pessoas humanas, dignas, éticas, com moral e tanto mais que poderíamos aqui dizer. Estou dando a minha vida por essa fração do inteiro. Onde estiverem as pessoas boas, as pessoas honestas, as pessoas justas, lá eu estarei com elas. Onde estiverem as pessoas sofridas desejando a conversão, a boa vontade em ser mais e melhor para Deus e dessa forma melhor para elas mesmas, lá eu estarei com elas. Eu estarei com elas unida ao amor; através das minhas orações, da minha busca eterna, contínuo, já realizada na década de 90, Rumo ao Novo Milênio, nesta face da Terra. Eu estarei com elas no trabalho, na entrega permanente do meu coração junto a Mãe Santíssima, na compreensão de quem faz trazer o Mal e de quem é o autor da Vida e da Paz nesta face da Terra. Percebemos que o Mal tomou forma alarmante. Precisaremos então fazer conter essa correnteza de horror que assola o mundo gradativamente. Foi pensando acerca do sentido da vida que eu descobri que a nossa vida terrena caminha paralela ao que você, eu, nós estamos “puxando” a uma dimensão espiritual aqui para este planeta Terra, para o nosso Universo. Talvez você vá me considerar alguém extremamente intelectualizada, que deve ter lida em uma biblioteca, quase inteira devorando os livros. Não. Quando eu cursei a Filosofia eu estava remando num oceano existencial em tempestade; não somente nesse período, mas a falta de paz, a falta de serenidade na vida desde pequena, para mim, foi constante. Eu iniciei o curso de Filosofia com 33 anos de idade e com os meus dois filhos pequenos iniciando as primeiras séries. Eu desejo dizer a você, meu visitante, não tinha como fazer melhor no Tempo; entretanto, eu fiz o que eu pude com extremo empenho já que para mim tudo fora existencialmente complicado. Assim mesmo, os meus livros, os meus interesses e vontades nas leituras foram na medida certa, eu diria. Eu devorava, sim, os meus livros extremamente interessada, me descobrindo neles, me estruturando, me alimentando daqueles conhecimentos novos para mim e muito importantes. Eu amava tomar nota em folhas de ofício sem pauta, na maior parte, os pensamentos de alguns filósofos. No decorrer da vida a vontade de saber também a vida de santos, de leituras outras, direcionadas ao espiritual divino, conteúdos que eu pudesse abordar com os meus alunos adolescentes no Ensino Religioso Escolar passaram também a me orientar, me desenvolver, me dar parâmetros para eu me conduzir existencialmente em Deus da melhor forma possível. O magistério seguia comigo juntamente com o meu início e término do curso de Filosofia dando continuidade até a aposentadoria. Posso dizer que, na Providência Divina, tudo chegara até mim no Tempo de Deus. O sofrimento me impulsionava cada vez mais a Deus; tanto mais eu sofria, tanto mais de Deus eu me aproximava.
Senti que durante o curso de Filosofia eu mesma renascia das cinzas. A valorização da minha essência-amor como mãe foi fundamental para eu viver, para eu ter raízes e lutar por mim. Essa valoração ‘amor’ como essência se deu na faculdade de Filosofia, curso que eu iniciei no ano de 1988 e terminei em 1992. A Faculdade se chamava Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Imaculada Conceição (FAFIMC). Essa valoração ‘amor’ como essência aconteceu em uma das aulas de um professor padre, muito querido, chamado Dom Edmund Kunz. O amor é um sentimento que parece tão simples, para algumas pessoas, mas não para mim. Eu nunca me sentira amada. Não do jeito que eu desejava ser amada. Eu mesma não me amava. Assim que o meu querido professor pediu que olhássemos para fora das janelas que dava para o jardim interno onde ficava uma belíssima frondosa árvore mangueira e pensássemos sobre a seguinte pergunta: “qual é a essência da árvore, da mangueira?”. Aquela pergunta me fez pensar sobre a árvore e sobre eu mesma. Para mim a árvore dava os seus frutos, as mangas. Então para a árvore, a manga, o fruto seria a sua essência. Eu estava iniciando a faculdade de Filosofia sem noção alguma de termos filosóficos; essência então deveria ser algo muito, muito profundo, onde num primeiro momento não se poderia determinar o que é a essência, visto a própria pergunta do professor, assim eu pensava. Eu tinha somente em minha frente a árvore, mas e a essência? Considerei serem os seus frutos. Eu passei a questionar então, e eu? Qual a minha essência? Eu sou mãe e de mim nasceram os filhos. Os filhos são os meus “frutos”. Mas e a minha essência? O que me fez sentir o materno? O algo tão especial sentido por mim, ao ver nascerem os meus filhos? O que eu tinha? Logo me veio à resposta: o amor. Eu sabia que pelo menos isso eu sentia possuir; um grande amor pelos meus filhos. Bem, chegar a uma faculdade para descobrir e valorar a minha essência foi muito importante. Muito importante porque eu pude me apegar ao amor para driblar as inconveniências da vida. Inclusive ter a consciência da razão em saber por que eu sofria por pessoas que eu via sofrer. Foi na faculdade de Filosofia que eu encontrei o grande amor da minha vida. Nesse amor eu viajei o Tempo e não vi o Tempo passar. Esse grande amor me proporcionou leveza tal que eu consegui passar a tempestade existencial vencendo a todos os entraves, os obstáculos que surgiam para minar a minha existência. O amor foi algo forte, sólido e que me colocara plantada ao chão para vencer as inúmeras batalhas contra o Mal; o Mal teimava em se manifestar para mim e para minha mãe terrena e alguns membros da família. Após os muitos anos em sofrimento a minha sensibilidade, sem dúvida, aguçou rastreando o desejo de sair daquele estado de sofrimento invisível aos olhos de muitos. Pelo entendimento, pela sabedoria na Providência de Deus, na Filosofia através das observações feitas e demais estudos e a procura por Cristo Jesus eu pude perceber a razão da perseguição espiritual do Mal, maléfica e onde eu passara a encontrar a vitória, a defesa contra o Mal limpando assim, criando assim a minha defesa interior e me fortalecendo. Naturalmente as pessoas passam a notar e se afastarem de você, quem nada a tem a ver com você. É o preço a pagar e dependendo do lugar onde você reside, quem são os seus vizinhos, você pode inclusive se sentir ilhada, principalmente num mundo onde é oferecido tudo ou quase tudo, menos Deus e Jesus Cristo. As nossas escolhas, portanto, fazem toda a diferença na conquista da Paz interior. Eu posso dizer a você, meu leitor, que eu venci. Eu posso dizer a você que o pior para mim ficou na estrada afastada do Tempo. Hoje eu contemplo na distância a paisagem da minha tempestade pessoal interiorizada. Hoje eu desejo servir como eu posso. Hoje eu desejo poder ajudar como eu posso. Por isso estou com você. Hoje eu sei que ao olhar para trás a corrida existencial realizada no sofrimento regada pelas lágrimas, eu sinto que o portal em que eu me encontro interiormente é outro, completamente outro. Uma elevação da minha alma de forma muito alta e sólida não será alvo do demônio. Eu sei o que me custou estar aqui com você e para você, meu visitante. Não desejo passar ingenuidade para você. Eu estou falando sobre alma. Hoje, se quiserem me tirar a vida, estou pronta para ir, pois quando eu for a alma continuará. Quando me puserem no solo meu soma (corpo) se diluirá e será pó; a alma (psichê) desejará encontrar os braços da minha Mãe amada. O que importa é a sua alma. Alma é a sua vontade, a sua índole, as suas faculdades intelectuais. Onde você coloca o seu tesouro. Você está na luz? Você está preparada para o seu dia sem retorno? A vida é uma só. Aqui é o seu lugar de possibilidades. Eu era uma morta viva, ou seja, não tinha luz. Eu não elevava a minha alma para Deus, não recorria a Cristo para me ajudar e a Mãe amada ficara esquecida no Tempo de criança. Vivia problemas, olhava para o chão e “contava pedrinhas”. Como alguém assim poderia ter vida? O pior eu vou lhe dizer: cercada pelo Mal e não tinha o conhecimento que eles eram demônios. Eu não lia a Bíblia. Hoje eu contemplo a paisagem e na Leitura da Vida estou num novo Tempo: O Tempo de Deus. Para esse Tempo de Deus eu convido você a adquirir a Obra Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora. A minha obra somente se fez ser a partir do meu encontro existencial com o abordado pela Mãe amada em Sua Obra. A minha obra, A Vida Ensina Em Busca do Equilíbrio somente nasceu para dar testemunho da existência do mal espiritual, o quanto é real e devastador de almas. Nasce também a minha obra para testemunhar o quanto Deus, Seu filho Jesus Cristo presente na Eucaristia, são capazes de reestruturar um ser humano quando se coloca disponível a sua ação. O quanto uma pessoa pode ser mais e melhor para si mesma e para os demais que a rodeiam. Com toda a certeza você, meu visitante, sempre esteve sob o Olhar de Deus e da Boa Mãe da Igreja; muitos, entretanto, estão afastados de Deus. O Tempo, ah, esse Tempo! Um Tempo espiritual de lutas travadas, mas vencidas em âmbito espiritual. Eu estive com Ela; eu acompanhei com ardor a Boa Mãe da Igreja Rumo ao Novo Milênio. Quero que o brilho da Estrela Maria, a Stella Maris, ilumine o seu caminho e lhe dê parâmetros para saber discernir o que são os joios e o que são os trigos na Humanidade.
Acredito no Tempo. Acredito no Tempo do discernimento; não falo em julgamento, pois somente Deus é capaz de julgar; entretanto, compete a nós lutarmos pela Vida; temos o direito de olhar o que vem de Deus e o desejo da Mãe Santíssima, pois a Verdade deve vingar. Temos que possuir a noção, em certas situações, compreender não significa aceitar. Podemos compreender, mas isso não implica aceitar. Como não somos seres humanos perfeitos, a todos o direito da misericórdia, deverá ser dado. O Tempo da Misericórdia é dado para cada um até o seu último suspiro.
Um grande beijo em seu coração. Adelaide Maria Zavarize (A Autora).
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